Rastreio audiológico no concelho da Amadora

Autores

  • Mírcia Neves Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Kely Pires Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Tatiana Tralhão Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Maria Ferreira Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Ana Luísa Rodrigues Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Tânia Tomás Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Carla Matos Silva Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.
  • Margarida Serrano Departamento de Audiologia, Fisioterapia e Saúde Ambiental, Escola Superior de Tecnologia da Saúde - IPC, Coimbra, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.596

Palavras-chave:

Amadora, rastreio audiológico, crianças, 1º ano

Resumo

Introdução: O concelho da Amadora localiza-se na Área Metropolitana de Lisboa e a população com origem em Cabo-Verde, Angola e Guiné-Bissau, contribui para a grande densidade populacional deste concelho, 7.195 habitantes por km2 (CMA, 2023). No início da aprendizagem formal da leitura e da escrita é necessária uma audição clara para que a associação fonema-grafema-fonema seja aprendida de modo correto (Serrano et al., 2018). Objetivos: Identificar alterações audiológicas, ainda numa fase assintomática, em crianças do 1º ano do 1º ciclo que frequentavam as 27 escolas do ensino básico do Concelho da Amadora. Material e Métodos: Realizou-se um rastreio audiológico a 1148 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos (922 com 6 anos) sendo 50,8 % do sexo masculino. Todas as crianças tinham o consentimento do responsável legal para a realização do rastreio. No rastreio foi realizado a otoscopia, o timpanograma e o ouve/não ouve nas frequências de 1, 2 e 4 kHz 20dB. Resultados: Das 1148 crianças não se conseguiu rastrear 5 crianças e 17 não se conseguiu completar todos os testes que compõem o rastreio, tendo-se considerado que passavam o rastreio sempre que os testes conseguidos estavam dentro da normalidade. Das crianças rastreadas, 17,24% das crianças (197) não passaram o rastreio, sendo encaminhadas para o médico ORL 10,24% das crianças e para o médico de família 7%.  As alterações que mais motivaram o encaminhamento foram as alterações bilaterais do timpanograma com 32,48% de crianças encaminhadas, seguidas das alterações bilaterais do timpanograma em simultâneo com alterações no rastreio de audição com 17,09% de crianças encaminhadas. Conclusões: Este rastreio permitiu a 17,24% das crianças o encaminhamento correto de modo a proceder ao diagnóstico e intervenção precoces, antes mesmo da sua manifestação clínica. Possibilitou, ainda, a sensibilização da comunidade académica, da autarquia e da sociedade em geral para a necessidade da promoção da saúde auditiva com a implementação de programas de rastreio audiológico em idade escolar e pré-escolar de modo a reduzir o impacto da perda auditiva no desenvolvimento global da criança com destaque para os processos de ensino/aprendizagem.

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Publicado

2023-07-13

Como Citar

Rastreio audiológico no concelho da Amadora. (2023). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 5(Sup), 74. https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.596