Caracterização dos acidentes por mordeduras por serpentes na província de Benguela, período 2019 – 2021
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v6i2.655Palavras-chave:
Mordedura por serpente, educação em saúde pública, AngolaResumo
Introdução: As mordeduras por serpentes constituem um problema de saúde pública que afecta países tropicais de África, Ásia e América Latina. Em Angola não existem estatísticas rigorosas, nem estudos científicos que permitam conhecer a situação do país. Objectivo: Caracterizar os acidentes de mordeduras por serpentes na província de Benguela, no período 2019-2021. Material e Método: Estudo observacional, descritivo, transversal e prospetivo. Universo constituído pelo total de famílias dos municípios com maior incidência: Cubal, Lobito, Caimbambo e Chongoroi. Calculou-se o tamanho da amostra com um nível de confiança de 95%, para um total de 124 famílias, representadas por 1014 pessoas. As residências foram selecionadas por amostragem aleatória simples. Uma entrevista estruturada foi aplicada ao chefe de família, prévio consentimento informado. Os dados foram analisados em SPSS através de frequências absolutas e percentagem. Resultados: Dos chefes de família 73,3% são homens, 76,6% trabalham no campo e 56% tinha nível primário. Do total de pessoas, 2,6% foram mordidas por serpentes (26 pessoas) e 3 faleceram. Dos sobreviventes, 13% apresentaram sequelas físicas. Relativo ao conhecimento 64,5% identificou como local de maior incidência dentro de casa, 33,8% no horário das 18 às 24h, 48,3% na estação de verão, 100% aplicou tratamentos tradicionais, 94,4% identificou corretamente ao menos uma sendo a bitis arietans reconhecida por 70.9%. Sobre as medidas de prevenção 49,1% não conhecem, embora os restantes 54,8% considera como melhor utilizar sapatos ou botas. Conclusão: Angola precisa continuar e aumentar os programas de educação comunitária para aliviar o sofrimento humano.
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