Registo dos cuidados de enfermagem à pessoa em situação crítica efetuados na sala de emergência
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.672Palavras-chave:
Registos de enfermagem, pessoa em situação crítica, sala de emergênciaResumo
Introdução: Os registos são um instrumento imprescindível na prática profissional dos enfermeiros, essenciais para a continuidade dos cuidados de enfermagem na sala de emergência (Vafaei et al., 2018). Tasew et al., (2019) verificaram que os registos dos cuidados de enfermagem eram incompletos, imprecisos e de baixa qualidade. Objetivo: Analisar os registos dos cuidados de enfermagem à pessoa em situação crítica no período de janeiro 2016 a abril de 2019 na sala de emergência de uma Unidade Local de Saúde do norte de Portugal. Material e métodos: Estudo de abordagem quantitativa, descritivo e retrospetivo. Análise documental dos registos de enfermagem desde janeiro de 2016 a abril de 2019. Total de 116 registos de enfermagem de doentes admitidos na sala de emergência, selecionados aleatoriamente 50. Utilizamos uma grelha para contabilizar o preenchimento das informações: obrigatórias, condicionadas à situação do doente e livres. A contabilização dos parâmetros registados nas informações obrigatórias e condicionadas à situação do doente permitem classificar a qualidade global dos mesmos. Para a definição dos níveis de qualidade utilizamos a classificação: i) incumprimento (registados inferiores a 70%); ii) cumprimento mínimo (registados entre 70% e 74%); iii) cumprimento parcial (registados entre 75% e 84%); iv) cumprimento significativo (entre 85% e 90%) e v) cumprimento excelente (entre 91% e 100%). Utilizamos a estatística descritiva e análise de clusters. Resultados: Relativamente aos registos obrigatórios, nenhum dos parâmetros foi totalmente preenchido, maiores falhas verificadas: no ritmo da eletrocardiograma (62%), escala de Glasgow (52%), frequência respiratória (46%). Maior ausência: na hora (26%), glicemia capilar (28%), temperatura corporal (22%), tensão arterial média (22%) e nome do enfermeiro responsável (18%). Observamos que (30%) tinham cinco a oito parâmetros registados e (14%) todos os parâmetros. No que refere aos registos condicionada à situação do doente observamos que a fluidoterapia e os fármacos foram registados em (74%) e (72%) respetivamente. Nos outros parâmetros verificou-se ausência, na avaliação física (96%), cálculo da área corporal (96%) intervenções autónomas de enfermagem (56%). Notamos que (38%) preencheram quatro parâmetros, (50%) três e (24%) não preencheram. Conclusões: Pela análise efetuada podemos concluir que os registos de enfermagem não permitem uma continuidade de cuidados efetiva ao doente em situação crítica na sala de emergência.
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