Responsabilidade Social no 1º ciclo de estudos de Fisioterapia: estudo preliminar
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.707Palavras-chave:
Responsabilidade social, fisioterapia, ensino superior, atitudes em trabalho comunitárioResumo
Introdução: O Fisioterapeuta em Portugal, enquanto profissional de saúde, assistiu nas últimas décadas a uma evolução e desenvolvimento do seu percurso académico (APFISIO, 2018). A responsabilidade social faz parte das suas competências e informalmente muitas escolas desenvolvem ações neste âmbito, não havendo até à data dados relativamente à avaliação e desenvolvimento desta componente nos curricula dos diferentes ciclos de estudo portugueses (Anderson & Hall, 2018). Objetivo: Este trabalho, de carácter preliminar, tem como objetivo fazer um levantamento das atitudes dos estudantes de Fisioterapia da Egas Moniz School of Health & Science no desenvolvimento de trabalho comunitário. Material e Métodos: Estudo observacional descritivo, transversal e quantitativo. Os dados foram recolhidos entre fevereiro e junho de 2023, através da Escala de Atitudes em Trabalho Comunitário (Versão Portuguesa). Este instrumento é constituído por 46 itens respondidos segundo uma escala de Likert, agrupados em oito subescalas. Foi respondido on-line (Google forms) e o link foi partilhado através dos grupos de turma. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Egas Moniz (Processo n. 1106 de 30/06/2022) e todos os estudantes assinaram o termo de consentimento informado. Resultados: Oitenta estudantes de Fisioterapia (2º/3º anos) de uma população de 192, com uma idade média de 21,3 (±2,83) anos, 53,8% mulheres, 72,5% frequentavam o 2º ano e 27,5% o 3º ano. A maioria (66,3%), não tinha experiência prévia em trabalho comunitário e dos que tinham, apenas realizavam atividades anuais (17,5%). Observou-se uma correlação negativa significativa (p<0,05) entre a idade e a subescala custos (-0,329), assim como entre a experiência prévia e a subescala intenção (-0,245). O facto de a amostra ser constituída por jovens ainda sem experiência laboral, pode justificar a associação negativa entre o tempo despendido em voluntariado e a interferência na vida familiar e a trabalhar. A baixa taxa de experiência prévia em projetos de trabalho na comunidade pode explicar a relação negativa encontrada entre a intenção de se envolver em atividades desta natureza. Conclusões: É importante sensibilizar os estudantes de fisioterapia para a realização de atividades ao serviço da comunidade, uma vez que a responsabilidade social é uma competência core e a falta de experiência interfere com a intenção de participar.
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