Avaliação da qualidade de vida e da funcionalidade do membro superior da mulher submetida a cirurgia da mama
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.753Palavras-chave:
Qualidade de vida, neoplasias da mama, funcionalidade, mamectomiaResumo
Introdução: O cancro da mama é o cancro feminino com maior número de novos casos em Portugal (The Global Cancer Observatory, 2020). A cirurgia de cancro da mama quando associada a esvaziamento ganglionar axilar (EGA) aumenta a gravidade das reações adversas (mama e membro superior homolateral), diminui a qualidade de vida nas dimensões funcionais e dos sintomas (Tarkowska et al., 2021). Os enfermeiros assumem um papel central na deteção e intervenção precoce destas alterações. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e a funcionalidade do membro superior homolateral da mulher submetida a cirurgia da mama com EGA. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, utilizando uma amostra não probabilística por conveniência constituída por 48 mulheres submetidas a cirurgia da mama com EGA recrutadas num Centro Hospitalar do Norte de Portugal entre 2018 e 2019. Como instrumentos de avaliação foram utilizados os questionários EORTC-QLQ-C30, EORTC-BR-23 e DASH. Resultados: A média de idade situa-se nos 49,2 anos, 62,6% vive em casal, 63,2% foi submetida a mastectomia, 60,4% não possui história familiar de cancro da mama e 39,6% possui antecedentes pessoais dos quais se destacam a Hipertensão arterial (24,3%), a dislipidemia (13,1%) e a diabetes (5,6%). A Qualidade de vida Global encontra-se diminuída (M=46,9), assim como a funcionalidade sexual (17,0), as perspetivas futuras (29,2), o prazer sexual (50,8), as escalas funcionais de: desempenho (37,9), social (53,1), emocional (60,9), física (65,7) e cognitiva (73,6). Contudo as mulheres referem boa imagem corporal (70,1). Quanto aos sintomas os mais relatados foram a dor (53,1), os sintomas do braço (47,7), insónia (45,8), as dificuldades financeiras (42,4), a fadiga (39,6), os sintomas da mama (25,4) e os efeitos laterais (22,4). Relativamente à funcionalidade do membro superior evidenciou-se uma incapacidade elevada (54,4). Conclusões: Os resultados demonstram que a qualidade de vida e a capacidade funcional do membro superior homolateral á cirurgia destas mulheres estão comprometidas, sendo de extrema importância a sua deteção precoce. Os enfermeiros são um elemento crucial para promover a saúde psicossocial, coordenar o encaminhamento para aconselhamento, reabilitação e conceber planos de cuidados (Melnyk et al., 2020) personalizados visando prevenir a incapacidade e a melhoria da qualidade de vida.
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