Prevalência de lesões músculo-esqueléticas em jovens jogadores amadores de futebol do Algarve
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.763Palavras-chave:
Futebol, epidemiologia, lesõesResumo
Introdução: Em Portugal a prática desportiva no futebol tem aumentado em atletas com idades inferiores a 18 anos e esta prática consiste num desporto de contacto de alta intensidade que implica mudanças de velocidade e direção do movimento, bem como os jogadores vão estar envolvidos em confrontos para ganhar ou manter a posse de bola, podendo resultar num risco elevado de lesões. Objetivo: Determinar a prevalência de lesões músculo-esqueléticas em jovens jogadores amadores de futebol. Material e Métodos: A amostra foi constituída por 145 jogadores de futebol amador da região do Algarve, dos Clubes Montenegro e Pongas, todos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 7 e os 18 anos (13,39±2,51). O instrumento de medida utilizado para a recolha de dados incluiu um questionário com perguntas sobre as características da amostra e da prática do futebol e sobre a ocorrência de lesões. Resultados: Durante toda a prática desportiva, 86 (59,3%) jogadores sofreram lesão, sendo que 31 (36,05%) jogadores sofreram 1 lesão, 26 (30,23%) 2 lesões, 17 (19,77%) 3 lesões e 12 (13,95%) sofreram 4 ou mais lesões, totalizando 182 lesões. No momento da avaliação, 12 (9,3%) jogadores estavam lesionados. Nos últimos 12 meses, 67 (46,2%) jogadores referiram presença de lesão, com um total de 83 lesões, sendo 21 (25,30%) contusão/rutura muscular, 13 (15,66%) luxação, 11 (13,25%) dor não específica, 10 (12,05%) entorse, 5 (6,02%) fratura, 7 (8,43%) tendinopatia, 4 (4,82%) lesão ligamentar e 12 (14,46%) outro. O local anatómico mais acometido foi a coxa (19; 22,89%), seguido do joelho (17; 20,48%), pés e dedos (15; 18,07%), anca (14; 16,87%), perna (12; 14,46%) e tornozelo (6; 7,23%). Relativamente ao mecanismo de lesão, 16 (19,28%) lesões ocorreram durante a corrida de velocidade, 17 (20,48%) no desarme do adversário, 14 (16,87%) durante o remate, 12 (14,46%) impacto com outro atleta; 8 (9,64%) durante a mudança brusca de direção, 6 (7,23%) durante a aterragem e em 10 (12,05%) lesões não foi identificado o mecanismo. Conclusão: Os dados do presente estudo revelaram uma elevada prevalência de lesões na amostra analisada. Assim sendo, torna-se importante criar estratégias de prevenção de lesões a partir de programas de treino específico e orientação aos jogadores.
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