Sono e dor musculoesquelética cervical em Atletas de voleibol

Autores

  • Benedita Figueiras Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Sofia Gomes Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Brígida Faria Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Lucimere Bohn Universidade Lusófona, Faculdade de Psicologia, Educação e Desporto, Porto; Faculdade de Desporto, CIAFEL, Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Leonor Miranda Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.784

Palavras-chave:

qualidade de sono, cervicalgia, IMC, participação ocupacional

Resumo

Introdução: A dor cervical é frequente em jogadores de voleibol e pode comprometer o desempenho ocupacional e a participação no sono. A terapia ocupacional, numa compreensão holística da problemática da dor cervical e do sono nestes atletas (Leive et al., 2020), enquanto seres ocupacionais (Gomes et al., 2021), poderá desempenhar um relevante papel na avaliação e intervenção terapêutica, e consequentemente na promoção da saúde (Bisht et al., 2021). Objetivo: Comparar a qualidade de sono entre os atletas de voleibol que dizem ter e os que dizem não ter dor na coluna cervical. Verificar se variáveis sociodemográficas (sexo, idade, hábitos tabágicos, bebidas alcoólicas, medicação), índice de massa corporal (IMC), dor cervical não especifica (DC), duração do sono e posição em campo podem predizer a qualidade do sono (QS) em atletas de voleibol. Métodos: Estudo quantitativo observacional analítico transversal; recolha de dados através de um questionário online (Google Forms), incluindo os questionários Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) e o Questionário Nórdico Músculo-esquelético (QNM). Na análise de dados recorreu-se a: teste de Mann-Whitney; qui quadrado e regressão linear múltipla (método stepwise). Resultados: A amostra (n=83) foi constituída maioritariamente pelo sexo feminino (76,9%) com uma idade média de 19,20 (±2,80) anos. Verificaram-se diferenças significativas (p=0,002) entre a QS de atletas com dor cervical (5,96 ±3,56) e sem dor cervical (2,75 ±2,36). A DC (B=0,366; p=0,001) e o IMC (B=0,221; p=0,031) podem predizer de modo significativo a qualidade do sono (R² ajustado=0,180). Conclusão: Este estudo sugere diferenças na QS entre atletas de voleibol com e sem dor cervical, e ainda indica o IMC e a DC como preditores da QS nestes atletas. Este trabalho poderá alertar para o potencial papel da terapia ocupacional na problemática da dor cervical e do sono em jogadores de voleibol.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Publicado

2024-01-15

Como Citar

Sono e dor musculoesquelética cervical em Atletas de voleibol. (2024). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 5(Supii), 103. https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.784