Prevenção de Infeções Emergentes e Reemergentes: Um Desafio para a Segurança Transfusional em Portugal

Autores

  • Célia Ferreira ULS Coimbra
  • Cristina Isabel Pereira ULS Coimbra
  • Laura Serrano ESEnf Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.51126/symrk896

Palavras-chave:

Infeções Emergentes, Infeções Reemergentes, Prevenção, Transmissão Sanguínea, Segurança Transfusional

Resumo

Introdução: Os programas de rastreio nas dádivas de sangue enfrentam desafios constantes devido ao surgimento de infeções emergentes(IE) e reemergentes(IR) transmissíveis por transfusão, que ameaçam a segurança transfusional e a saúde pública[1,2]. A globalização, aumento das migrações,viagens a zonas endémicas,alterações climáticas e zoonoses são fatores que requerem estratégias eficazes para prevenir a transmissão sanguínea dessas infeções[2]. Objetivos: Identificar IE e IR transmissíveis por transfusão sanguínea e estratégias recomendadas na sua prevenção. Material e Métodos: Revisão narrativa da legislação e literatura científica, com consulta às bases de dado:s PubMed, SciELO e Google Scholar. Utilizaram-se os termos: “emerging infections”, “re-emerging infections” e “blood transfusion safety”, entre 2014 e 2024. Excluíram-se estudos sobre transfusão animal, selecionando-se 12 artigos mais recentes, relevantes sobre IE/IR em medicina transfusional. Resultados: IE: são aquelas recentemente identificadas, geralmente associadas a novos patogénios ou que se espalham para novas áreas (Vírus Oeste do Nilo-WNV, Dengue,Chikungunya). IR: estavam sob controlo, mas reapareceram (Malária, Doença de Chagas)[1,2]. Ambas representam desafios significativos para programas de rastreio sanguíneo, exigindo avaliação da sua prevalência, gravidade, transmissibilidade por transfusão e disponibilidade de testes adequados[1,2]. Em Portugal existem medidas legisladas/recomendadas para prevenir algumas dessas infeções, sendo fundamental a triagem pré-dádiva que inclui questionários sobre historial clínico, origem, viagens e residência de/em zonas endémicas com mapa de risco geográfico do IPST,IP[3,4]. A implementação das técnicas de inativação patogénica visa prevenir/minimizar o risco de transmissão dessas infeções, só aplicável a plasma/plaquetas[5]. Os testes laboratoriais de rastreio são fundamentais no diagnóstico e prevenção destas infeções –o rastreio da Doença de Chagas e Malária está já em vigor[3,4]. Conclusões: A globalização, a migração e as alterações climáticas contribuem para o aumento das IE e IR exigindo medidas eficazes de controlo e prevenção na saúde pública, promoção da saúde e resposta rápida a surtos. Critérios rigorosos na triagem pré-dádiva, testes de rastreio adequados e a inativação patogénica são fundamentais para prevenir a transmissão por transfusão. É crucial que as autoridades implementem estratégias baseadas na avaliação contínua do risco, vigilância epidemiológica e revisão periódica dos protocolos de rastreio. A monitorização constante e preparação para potenciais novas ameaças são essenciais para garantir a segurança transfusional e proteção da saúde pública.

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Publicado

2025-08-21

Como Citar

Prevenção de Infeções Emergentes e Reemergentes: Um Desafio para a Segurança Transfusional em Portugal. (2025). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 7(SupII), 13. https://doi.org/10.51126/symrk896