Obesidade Infantil e Risco Cardiovascular: Papel dos Padrões Alimentares e da Atividade Física na Saúde Metabólica de Crianças de 9 Anos

Authors

  • Paulo Mascarenhas Centro de Genética Médica e Nutrição Pediátrica, Egas Moniz School of Health & Science; Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research (CiiEM), Egas Moniz School of Health & Science
  • José Furtado Centro de Genética Médica e Nutrição Pediátrica, Egas Moniz School of Health & Science; Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research (CiiEM), Egas Moniz School of Health & Science
  • Sílvia Almeida Centro de Genética Médica e Nutrição Pediátrica, Egas Moniz School of Health & Science; Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research (CiiEM), Egas Moniz School of Health & Science
  • Fernando Ferraz Centro de Genética Médica e Nutrição Pediátrica, Egas Moniz School of Health & Science
  • Pedro Oliveira Department of Population Studies - ICBAS, University of Porto

DOI:

https://doi.org/10.51126/r1gtrf56

Keywords:

Obesidade infantil, alimentação, risco cardiovascular

Abstract

Introdução: A obesidade infantil constitui um problema de saúde pública global, com implicações a longo prazo na saúde metabólica e cardiovascular. Objetivos: Analisar a associação entre padrões alimentares, atividade física e marcadores de saúde metabólica e risco cardiovascular em crianças de 9 anos. Métodos: Estudo transversal incluiu 954 crianças, com avaliação antropométrica, composição corporal (bioimpedância), parâmetros bioquímicos e rácio monócitos M1/M2 (marcador inflamatório). A dieta e a atividade física foram inquiridas. A regressão multinível, ajustada para idade, sexo e nível socioeconómico, avaliou associações entre fatores de estilo de vida e marcadores metabólicos. Resultados: Entre os participantes, 39% tinham excesso de peso e 62% apresentavam dislipidemia, sendo que 60% das crianças eutróficas apresentaram hipercolesterolemia. Crianças com excesso de peso exibiram níveis mais elevados de IFN-γ e maior rácio M1/M2. Um padrão alimentar ocidentalizado associou-se a maior índice de massa corporal padronizado (zIMC), maior % de massa gorda, assim como maior prevalência de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e resistência à insulina. Omissão de refeições (53,6%), baixa ingestão de vegetais (57,4%) e reduzido consumo de peixe (32,8%) foram comportamentos alimentares obesogénicos prevalentes. Em contraste, uma dieta tradicional tipo mediterrânica associou-se a perfis lipídicos mais favoráveis. A atividade física revelou associação inversa com os níveis de triglicéridos. Conclusão: A adesão a padrões alimentares ocidentais associou-se a aumento da adiposidade e a marcadores de risco cardiovascular, mesmo em crianças com zIMC normal. Padrões alimentares tradicionais e atividade física mostraram potenciais efeitos protetores.

Downloads

Download data is not yet available.

Published

2025-08-21

How to Cite

Obesidade Infantil e Risco Cardiovascular: Papel dos Padrões Alimentares e da Atividade Física na Saúde Metabólica de Crianças de 9 Anos. (2025). RevSALUS - International Scientific Journal of the Academic Network of Health Sciences of Lusophone, 7(SupII), 17-18. https://doi.org/10.51126/r1gtrf56