Prevalência da Sífilis em gestantes atendidas nas consultas pré-natais no Centro Materno do Lobito
DOI:
https://doi.org/10.51126/vrybqf32Palavras-chave:
saúde neonatal; gestantes, LobitoResumo
Introdução: A sífilis em gestantes causa consequências graves para a saúde materna e neonatal, sendo a segunda principal causa evitável de morte fetal no mundo. Globalmente, a doença é um problema de saúde pública, com estimativas de 36 milhões de casos prevalentes e mais de 7,1 milhões de novos casos anuais. Apesar dos avanços na prevenção, a infeção continua a ocorrer devido ao desconhecimento sobre a doença, início tardio do pré-natal e carência de medidas preventivas. Objetivo: Avaliar a prevalência da sífilis entre gestantes atendidas nas consultas pré-natais do Centro Materno Infantil do Lobito no período de Junho a Agosto 2024. Metodologia: O estudo foi do tipo observacional, descritivo, prospetivo e transversal, com abordagem qualitativa e quantitativa. Alinhando-se às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o rastreio da Sífilis em gestantes. Foram avaliadas 150 gestantes atendidas nas consultas pré-natais, sendo que todas estas foram submetidas a testes sorológicos para sífilis, Utilizou-se como instrumento de recolha de dados um questionário com variáveis sociodemográficas, dados epidemiológicos e assistência pré-natal. Também foi utilizada a recolha de sangue venoso periférico para o rastreio da Sífilis. As gestantes com resultados positivos foram encaminhadas para o tratamento imediato com Penicilina Benzatina, conforme Protocolo Padrão recomendado pela OMS. Resultados: O resultado do rastreio demonstrou uma prevalência 4%. A maioria das gestantes infetadas tinha entre 20 e 29 anos (66,7%), possuía ensino médio (50%) e apresentava conhecimento insuficiente sobre a doença (66,7%). Observou-se que 50% iniciaram o pré-natal apenas no terceiro trimestre e todas realizaram o rastreio para sífilis somente no momento da pesquisa. Conclusão: Os dados encontrados neste estudo ressaltam a importância de uma assistência pré-natal mais eficiente, pois reforçam que o desconhecimento sobre a doença, o início tardio do pré-natal e o não uso de preservativo foram fatores que contribuíram para a soropositividade. Reforça-se a necessidade de fortalecer a promoção da saúde e aprimorar o acompanhamento pré-natal, visando à redução da morbimortalidade materna e infantil.
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