Depressão pós parto
DOI:
https://doi.org/10.51126/8c05p791Palavras-chave:
depressão, pós-partoResumo
Introdução: Depressão Pós-Parto (DPP) é definida como um transtorno de humor, decorrente da maternidade, que comporta vários sintomas que prevalecem entre a 4ª e 8ª semana após o nascimento. Em Portugal, a prevalência situa-se nos valores entre 12% a 16%. Metodologia: Aplicação da escala de Edimburgo e a de Rosenberg entre 1 a 31 março de 2024, (amostra de 34 puérperas), com o objetivo de determinar a DPP e identificar o nível de autoestima nas puérperas. Foram incluídas todas as puérperas, que tiveram consulta na USF no período em análise, que tinham tido um parto há menos de 60 dias e que forneceram consentimento informado livre e esclarecido. Os questionários foram aplicados de forma anónima para fomentar a sinceridade nas respostas. Resultados: Em 2016, realizámos um primeiro estudo através da aplicação da escala de Edimburgo, onde obtivemos 12,6 % de incidência de depressão pós parto. Em 2024, uma prevalência da DPP de 7,6 %, e 11% na da aplicação da escala de Rosenberg. Discussão: O resultado não é significativo comparativamente com outros estudos onde a DGS indica os valores de 12% a 16%, (DGS,2006), mas é fundamental o rastreio na fase puerperal. A percentagem de 11% na escala de Rosenberg, suscita-nos alguma preocupação. Capacitar o estado psíquico, promover a recuperação física, e dotar a mulher com competências necessárias para um autocuidado eficaz, bem como, provê-la de habilidades e conhecimento para a gestão segura das carências da sua família, e auxiliando na adaptação ao papel de mãe (Fialho,2020). Os valores obtidos, embora inferiores, são valorizáveis na prestação de cuidados. Para muitas mulheres a DPP não é socialmente aceite e consideramos que as respostas obtidas não traduziram fielmente o seu sentir. Conclusão: Estes resultados levaram-nos a uma reflexão mais profunda sobre o nosso desempenho enquanto promotores de saúde e colocaram-nos alguns desafios para o futuro. Podemos nós, enquanto profissionais, fazer a diferença? Focamo-nos realmente no binómio mãe- filho? Conseguimos verdadeiramente empatizar com a mãe que está em sofrimento? São estas algumas das questões que pretendemos abordar no futuro, promovendo a melhoria contínua da prática de cuidados.
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