O meu dente está doente: a representação mental da cárie em crianças (Fase I e II)
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.570Palavras-chave:
Educação para a saúde oral, desenho, dente saudável, dente doente, representação mentalResumo
Introdução: A cárie é considerada um problema de saúde publica relevante e, torna-se pertinente reconhecer a representação mental das crianças acerca do conceito de cárie, no sentido de contribuir para a (re)conceptualização da educação para a saúde oral. No sentido de contribuir, também, para a interiorização psíquica da etiologia de cárie na criança, no presente estudo (elaborado em duas fases distintas I e II) pretendemos avaliar a representação mental de um Dente Saudável e de um Dente Doente (Perfis Pictóricos dos Perceptos Dentes) quando associados ao conceito de cárie internalizado mentalmente pelas crianças. Objetivos: Pretendemos com a presente comunicação oral, apresentar os resultados de um estudo exploratório dividido em duas fases distintas (Fase I: n=880/ 4-9A; Fase II: n=812/6-12A), envolvendo uma amostra total de 1692 crianças, recrutadas na Clínica Universitária Egas Moniz. Metodologia: Os dados obtidos foram recolhidos em dois momentos distintos: M1- a criança era convidada a desenhar um Dente Saudável, numa folha de papel e M2- a criança era convidada a desenhar um Dente Doente numa outra folha, usando apenas um lápis de grafite sem o recurso a borracha, totalizando assim 3384 desenhos. A análise de conteúdo dos mesmos foi efetuada com recurso a uma grelha de análise construída propositadamente para a presente investigação. Resultados: O simbolismo dos dentes desenhados tende a aumentar com a idade cronológica, denotando-se uma menor frequência de Dentes irrealistas desenhados da Fase I (83,3%) para a Fase II (18,7%). A maior parte das crianças tanto na Fase I como na Fase II associam um dente saudável a um dente limpo, e com superfície lisa. Em contraponto com a representação mental do dente doente em ambras as fases, em que a categoria cárie é representada ao nível das categorias, manchas fraturas e cavitação. Conclusões: A análise de conteúdo pictórica dos desenhos efetuados pelas crianças denuncia discrepâncias significativas inerentes à ilustração dos perfis de Dente Saudável e de Dente Doente. Estas mesmas discrepâncias parecem ter implicações notórias ao nível da promoção da saúde oral e prevenção da doença sugerindo a criação de instrumentos lúdico-pedagógicos em educação para a saúde-oral (Eps), em estádios muito precoces do desenvolvimento infantil.
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