Incêndio Cirúrgico, que realidade? – Estudo Exploratório

Resumo

Introdução: A segurança do doente tem como princípio prevenir e reduzir o dano desnecessário no doente, associado a cuidados de saúde. O incêndio cirúrgico ocorre no doente ou campo operatório, na sequência de um procedimento cirúrgico e depende da conjugação simultânea de três elementos: oxidante, combustível e fonte de ignição. O acontecimento de um incêndio cirúrgico num centro hospitalar português, impulsionou a necessidade de realizar um diagnóstico sobre esta temática. Objetivos: - Realizar um diagnóstico de situação relativamente ao conhecimento e práticas dos enfermeiros na deteção de fatores de risco de incêndio cirúrgico e medidas de prevenção; Identificar áreas de melhoria e necessidades formativas sobre prevenção e modo de atuação em caso de incêndio cirúrgico. Material e Métodos: estudo exploratório, através da aplicação de um questionário a enfermeiros que exercem funções em bloco operatório. Resultados: Foram obtidas 64 respostas, destacando-se que: 54.7% considera que só às vezes ou raramente é cumprido o tempo de secagem de antisséptico de base alcoólica; 25% refere realizar procedimentos cirúrgicos com alto risco de incêndio cirúrgico pelo menos uma vez por semana e 10% já presenciou um incêndio cirúrgico. Apenas 30% dos participantes sente que está preparado para atuar em caso de incêndio. Conclusão: O incêndio cirúrgico é um evento de alto risco, pelo que as instituições e equipas de saúde devem desenvolver intervenções para a deteção de fatores de risco e definição de estratégias para a prevenção/mitigação dos riscos.