Conhecimento dos estudantes finalistas dos cursos de enfermagem, fisioterapia, medicina e terapia ocupacional sobre afasia
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.720Palavras-chave:
Afasia, conhecimento sobre afasia, comunicação, estratégias comunicativas, estudantes da área da saúdeResumo
Introdução: A afasia pode interferir com a capacidade de comunicar da pessoa, impactando negativamente na sua qualidade de vida (Patrício, 2015). Interlocutores preparados para comunicar com pessoas com dificuldades comunicativas podem ser um facilitador, nomeadamente profissionais de saúde que intervêm no processo de reabilitação (Hallowell, 2017). Existem poucos estudos que abordam o conhecimento que estes profissionais e os estudantes da área da saúde apresentam sobre afasia. Objetivos: Caraterizar o conhecimento sobre afasia; identificar as fontes de conhecimento, as estratégias comunicativas utilizadas e consideradas importante utilizar no contacto com a pessoa com afasia; descrever a relação entre o género e a área de formação no conhecimento sobre afasia e nas estratégias comunicativas utilizadas pelos estudantes finalistas dos cursos de enfermagem, fisioterapia, medicina e terapia ocupacional. Materiais e Métodos: Estudo descritivo-correlacional e quantitativo, de metodologia observacional e transversal. Integra uma amostra de 209 estudantes finalistas dos cursos de enfermagem, fisioterapia, medicina e terapia ocupacional. A recolha de dados efetuou-se através de um questionário de autoadministração, divulgado online. Posteriormente, analisaram-se as frequências, médias das respostas e, adicionalmente, os resultados do teste qui-quadrado de Pearson e do teste de Fisher. Resultados: A maioria dos participantes (98,1%) ouviu falar sobre afasia. Em geral, apresentam bom conhecimento sobre as características, a causa e as estratégias a utilizar perante esta perturbação, mas têm menor conhecimento acerca dos tipos de afasia existentes. Os alunos de medicina são os que têm mais conhecimento sobre as pessoas com afasia apresentarem dificuldades de compreensão e sobre o facto de não se tratar de uma perturbação da deglutição. Os estudantes de terapia ocupacional são os que têm mais conhecimento sobre a etiologia da afasia e os de medicina sobre os tipos de afasia existentes. Relativamente às estratégias, os estudantes de enfermagem são os que apresentam mais conhecimento sobre quais utilizar. Conclusão: Os estudantes finalistas revelam ter conhecimento sobre afasia, parecendo ser ainda pertinente reforçar o conhecimento referente aos tipos de afasia existentes. Apesar dos bons resultados, para que o processo comunicativo seja eficaz e os estudantes consigam prestar serviços de maior qualidade, poderá ser benéfico treinar o uso de estratégias comunicativas.
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