Estatinas e a Coenzima Q10

Autores

  • Teresa Alves Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Zélia Barbosa Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.738

Palavras-chave:

Estatinas, coenzima Q10, suplementação, hipercolesterolemia

Resumo

Introdução: As Doenças Cardiovasculares podem ter várias etiologias, sendo as mais relevantes a idade, os hábitos tabágicos, alimentares, as dislipidemias, a hipertensão arterial e a diabetes.

A dislipidemia consiste na elevação anormal da concentração plasmática de colesterol e/ou triglicerídeos, podendo ter origem genética ou resultar da combinação de fatores genéticos e ambientais, sendo este último o caso mais comum. As estatinas são inibidores competitivos da enzima 3-Hidroxi-3-Metilglutaril Coenzima A redutase, que catalisa uma etapa inicial e limita a biossíntese de colesterol; ao inibirem a enzima, limitam a biossíntese do colesterol. No entanto, não há só diminuição dos níveis de colesterol, existem efeitos adversos associados a esta terapêutica; a concentração de Coenzima Q10 também é afectada. A coenzima Q10 tem a capacidade de proteger da oxidação as lipoproteínas de baixa densidade como é o caso do C-LDL.  O seu efeito protetor é extensivo a lípidos, proteínas e DNA, muito devido à sua ampla distribuição nas membranas. Objetivos: Aprofundar conhecimentos acerca da relação entre a terapêutica com estatinas e a consequente diminuição da concentração da coenzima Q10 no organismo, averiguando a importância desta suplementação na terapêutica com estatinas. Material e Métodos: Revisão de artigos científicos, de cariz descritivo, tendo por base a análise de artigos recentes sobre a temática publicados na Pubmed, ScienceDirect e Google académico em português e inglês publicados nos últimos 10 anos. Resultados: Dos 6 estudos analisados, 5 deles mostraram benefícios na coadministração de coenzima Q10 na terapêutica com estatinas em diversos parâmetros, nomeadamente a dor miopática, a astenia, dores musculares, mialgia e ou outras medidas de função mitocondrial. Conclusões: Suplementação de coenzima Q10 entre os 50mg e 200mg, é segura, bem tolerada e capaz de trazer benefícios em relação aos efeitos adversos observados em usuários de estatinas e/ou deficientes em coenzima Q10. São necessários mais estudos deste tipo.

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Publicado

2024-01-15

Como Citar

Estatinas e a Coenzima Q10. (2024). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 5(Supii), 66-67. https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.738