Suicídio como emergência psiquiátrica: perceções das enfermeiras de emergência de um hospital de referência em urgência e emergência, Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.51126/fvv8k659Palavras-chave:
Suicídio; Pronto-Socorro; Equipe de EnfermagemResumo
Introdução: Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, com números ainda maiores de tentativas. Esses fenômenos geram graves impactos sociais e são considerados urgências e emergências em saúde. Objetivo: Identificar a perceção de enfermeiras de emergência quanto aos cuidados iniciais a pessoas com comportamento suicida. Método: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no Pronto-socorro de um hospital de referência em urgência e emergência na região metropolitana de Vitória, ES. Participaram da pesquisa enfermeiras que atuavam no Pronto-socorro. A produção de dados ocorreu entre outubro e novembro de 2021, por meio de entrevistas individuais, semiestruturadas e audiogravadas. Para análise das falas foi empregada a técnica de análise dos núcleos de sentido. Os princípios éticos foram respeitados com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 4.302.825). Resultados: Foram abordados 16 Enfermeiras. A partir da análise de dados emergiram quatro categorias: (1) Perceções dos profissionais de enfermagem quanto ao comportamento suicida, (2) Perceções dos fatores de risco que levam ao suicídio; (3) Assistências de enfermagem ao sujeito tentante de suicídio; e (4) Impactos do fenômeno suicídio nas Enfermeiras de emergência e o processo de trabalho. Considerações finais: As práticas desenvolvidas por Enfermeiras de Emergência no atendimento a sujeitos em situação de tentativa de suicídio acarretam repercussões de sofrimento psíquico entre essas trabalhadoras, uma vez que o fenômeno suicídio permanece, em grande medida, como um tema silenciado e pouco elaborado nas práticas de cuidado em contextos de urgência e emergência. Torna-se, portanto, imprescindível a implementação de estratégias sistemáticas de acolhimento e apoio psicossocial direcionadas a esses profissionais no período pós-atendimento, com vistas à promoção da saúde mental e à mitigação dos impactos emocionais decorrentes da exposição a essas situações complexas.
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