Proposta de modelo de cuidado para os cuidadores formais de pessoas idosas institucionalizadas
DOI:
https://doi.org/10.51126/50pssg56Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Necessidades de Atenção à Saúde, Cuidadores, Promoção do Bem-estarResumo
Introdução: O fenómeno do envelhecimento é uma realidade global. Essa expressividade demográfica é acompanhada por maiores exigências na prestação de cuidados, face ao maior índice de dependência da população idosa institucionalizada, mas também ao elevado nível de estresse, ansiedade, sobrecarga, insatisfação no trabalho dos cuidadores formais (Elvas, 2022; Gabinete de Estratégia e Planeamento, 2024; INE, 2024; Parlamento Europeu, 2022). Material e Métodos:Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com o objetivo de propor um modelo de cuidado e bem-estar para o cuidador formal de pessoas idosas institucionalizadas A recolha de dados foi realizada através da aplicação de questionários aos cuidadores formais de três Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) no distrito de Leiria. O questionário era composto por 37 questões, distribuídas em duas secções: (1) Necessidades Ocupacionais e (2) Bem-estar do Cuidador. Posteriormente, foram promovidas ações de sensibilização junto dos cuidadores das instituições participantes, com o objetivo de destacar a importância do bem-estar geral do cuidador e o impacto que este exerce na sua jornada de trabalho e na qualidade dos cuidados prestados à pessoa idosa. Resultados: Participaram 41 cuidadores, 97,6% mulheres, com idade média de 41,5 anos, que desempenhavam esta função há pelo menos 6 anos. Este estudo aponta para uma maior necessidade de os cuidadores sentirem-se mais capacitados na prestação de cuidados à pessoa idosa (61%), procurar ajuda de um profissional de saúde (63,4%), bem como a necessidade de sentirem-se mais seguros no seu papel enquanto cuidador (56,1%) e ter mais momentos de lazer (53,7%). Relativamente ao bem-estar dos cuidadores 58,5% dos cuidadores sentem necessidade moderada de realizar atividades mais relaxantes. Foi possível ainda possível observar que a idade tem uma relação significativa na prestação do cuidado de uma pessoa com o grau de dependência elevado (p=0,028), e que o tempo enquanto cuidador evidencia uma maior necessidade realizar as suas atividades de autocuidado (p=0,037) e participar de atividades mais relaxantes (p=0,041). Conclusões: A exaustão emocional, a sobrecarga física e a falta de valorização tornam o trabalho do cuidador formal pouco atrativo, evidenciando a importância de modelos que promovam bem-estar, satisfação profissional e equilíbrio ocupacional.
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