Efeito da Fisioterapia na diminuição da sintomatologia de um prolapso pélvico grau III: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.694Palavras-chave:
Prolapsos pélvicos, disfunções do pavimento pélvico, treino dos músculos do pavimento pélvico, fisioterapia, qualidade de vidaResumo
Introdução: Os prolapsos dos órgãos pélvicos (POP) afetam 40% das mulheres com mais de 45 anos, embora apenas 12% apresente sintomas. As opções de tratamento incluem cirurgia para casos mais graves (grau III e IV) e tratamentos conservadores para casos mais ligeiros. Os POP mais graves e/ou de recorrência, como é o caso desta utente, têm normalmente histórico de cirurgia e são mais sintomáticos. A Fisioterapia, nestes casos, tem mostrado resultados na melhoria da função e qualidade de vida, havendo, no entanto, pouca evidência na redução do POP. Objetivo: analisar o efeito da Fisioterapia na diminuição da sintomatologia de um POP grau III. Descrição do caso: Utente do sexo feminino, 60 anos, com histórico de POP e sujeita a duas cirurgias. Tem sintomas de POP-III, má postura, fraqueza dos MPP, obesidade, obstipação e fraca consciência corporal. Recorre à Fisioterapia por autorreferência com o objetivo de minimizar os sintomas e prevenir uma terceira cirurgia. Foram realizados dois momentos de avaliação: primeira consulta e ao fim de 10 sessões de intervenção, em que se utilizaram os seguintes métodos e instrumentos: Escala de Oxford Modificada; observação da postura, estruturas vaginais e padrão respiratório; palpação dos MPP; POP-Q; diário miccional; P-QOL, ICIQ-VS e FSFI. A intervenção compreendeu as seguintes estratégias: exercícios de consciencialização e contração voluntária dos MPP, fortalecimento dos MPP, mobilidade lombopélvica e torácica e reeducação do padrão respiratório e literacia em saúde lombopélvica. Resultados: são atingidos os objetivos definidos a curto prazo, aumentando a consciência corporal e modificando o padrão respiratório, a mobilidade lombopélvica e dos MPP; melhora a contração dos MPP e a excursão dos diafragmas; a sensação subjetiva de peso diminui bem como os episódios de obstipação; os scores do P-QOL e ICIQ-VS melhoram principalmente na dimensão dos sintomas prolapso/vaginais respetivamente. Conclusão: o estudo permitiu perceber que a Fisioterapia, utilizando estratégias de exercício terapêutico e educação, teve influência positiva nos sinais e sintomas desta utente. Os resultados encontrados nesta utente de 60 anos, não diferem muito dos resultados encontrados em populações mais jovens, trazendo uma boa expectativa para as pessoas nesta faixa etária e com problemas semelhantes ao desta utente.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 RevSALUS - Revista Científica Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format;
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.