Alterações Hematológicas em Pacientes com Malária por Plasmodium Falciparum atendidos no Hospital Municipal de Benguela
DOI:
https://doi.org/10.51126/y945k317Keywords:
Malária, perfil hematológico, trombocitopenia, anemia, leucopeniaAbstract
Introdução: A malária é uma doença infeciosa grave causada por protozoários do género Plasmodium, sendo o Plasmodium falciparum a espécie de maior letalidade, principalmente devido ao seu potencial para gerar altas parasitemias (Carvalho et al., 2020). A infeção tem início com a picada do mosquito Anopheles, que inocula esporozoítos na corrente sanguínea do hospedeiro. Esses parasitas, ao alcançarem os hepatócitos, iniciam o ciclo esquizogónico, formando esquizontes que liberam milhares de merozoítos na circulação (Silva et al., 2019). No interior dos eritrócitos, o parasita se transforma em trofozoítos, que posteriormente se desenvolvem em esquizontes (Oliveira & Gomes, 2021). Esses, ao se romperem, liberam novos merozoítos, reiniciando o ciclo. Objetivos: Descrever as principais alterações hematológicas em pacientes com malária por p. falciparum atendidos nas consultas de medicina geral no Hospital Municipal de Benguela no período de Setembro a Novembro de 2024. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. A amostra biológica para este estudo foi sangue total, colhido por acesso venoso periférico, para a realização do hemograma com o objetivo de analisar o perfil hematológico. No momento da coleta, confecionou-se uma lâmina de gota espessa e de esfregaço delgado para análise por microscopia, buscando identificar a espécie de plasmódio e a densidade parasitária. Resultados: Foram incluídos no estudo 74 pacientes positivos. A faixa etária mais acometida foi a de 21 a 40 anos, o género masculino mais acometido com 19,7% (39). Ainda se observou que há grande debilidade por parte da população quanto a adoção de medidas profiláticas, porque muitos dos pacientes infetados 53,0% (40) e 30 (43,0) afirmaram não usar inseticida e mosquiteiro. As principais alterações hematológicas observadas nos pacientes infetados foram a eritropenia em 27% (20) dos pacientes, microcitose e hipocromia em 20,3 % (15), leucopenia em 13,5% (10) dos pacientes e 52,7% (39) possuíam trombocitopenia. Conclusão: Na malária o exame de hemograma acompanhado com uma lâmina de sangue periférico auxiliam no monitoramento clínico, onde os valores anormais refletem a gravidade da doença, a anemia e trombocitopenia foram as principais alterações observadas.
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