Ingredientes ativos presentes nos suplementos alimentares comercializados em Portugal e utilizados nas infeções urinárias
DOI:
https://doi.org/10.51126/9gx0sz04Keywords:
Infeções Trato Urinário, Suplementos Alimentares, Ingredientes Ativos, Websites, Evidências CientíficasAbstract
Introdução: As infeções do trato urinário (ITU) são infeções prevalentes, aumentando os custos de saúde. O tratamento inclui antibióticos, mas a prescrição inadequada pode causar resistências bacterianas. Face aos efeitos indesejados decorrentes da terapêutica convencional, a procura por suplementos alimentares (SA) tem aumentado, existindo vários ingredientes ativos disponíveis no mercado para ITU. Assim, é importante identificar os ingredientes presentes nos SA e procurar evidências científicas para os seus usos, possibilitando um consumo seguro e eficaz dos produtos. Objetivos: Identificar e analisar os ingredientes ativos existentes em SA comercializados online, utilizados em infeções urinárias. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, transversal com recolha de ingredientes ativos em SA comercializados na plataforma Google®, utilizando as palavras-chave: suplementos alimentares, infeções urinárias, compra. Incluíram-se websites com venda de SA e indicação em ITU; websites de diferentes categorias (farmácias, parafarmácias, lojas de dietética, ervanários, supermercados e lojas sem espaço físico); SA com ingredientes isolados/misturas; formulações orais sólidas. Resultados: Obtiveram-se 170 SA com indicação em ITU, em 20 websites. Nos 170 SA, encontraram-se 430 ingredientes ativos no total e, destes, 64 ingredientes distintos (9 vitaminas, 2 minerais, 16 probióticos, 33 plantas e 4 ingredientes de outras categorias). A vitamina C surgiu em 33 SA e o zinco em 8 SA. Os probióticos mais encontrados foram o Lacticaseibacillus rhamnosus (19 SA) e Lactobacillus acidophilus (17 SA). Nas plantas, é de realçar o arando-americano (Vaccinium macrocarpon) (91 SA), hibisco (Hibiscus sabdariffa) (18 SA) e uva-ursina (Arctostaphylos uva-ursi) (15 SA). A D-manose surgiu em 39 SA. Conclusões: O nível de antioxidantes diminui em pacientes com ITU, e apesar da vitamina C e zinco não terem indicações na ITU, ambos contribuem para proteção das células contra stress oxidativo. O L. rhamnosus e L. acidophilus foram eficazes na recorrência da infeção urinária face ao placebo, em crianças. Segundo monografias de referência, a uva- ursina e arando-americano são utilizados no tratamento/alívio de sintomas leves de ITU recorrentes. A D-manose (doses entre 200 mg-3 g) é eficaz na redução dos sintomas ou recorrência de ITU. Mais estudos são necessários para confirmação de doses e segurança dos ingredientes presentes em SA para ITU.
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