Avaliação da atividade antioxidante de maltes, lúpulos e cervejas portuguesas

Autores

  • Daniela Araújo Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Diana Santos Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Maria João Pereira Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Ana Isabel Oliveira REQUIMTE/LAQV, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • Cláudia Pinho REQUIMTE/LAQV, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.51126/acqjqh83

Palavras-chave:

Cervejas, Malte, Lúpulo, Atividade Antioxidante

Resumo

Introdução: A cerveja é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, sendo composta por quatro ingredientes principais (água, malte, lúpulo e leveduras), alguns deles, como o malte e lúpulo, reconhecidos pelas atividades biológicas dos compostos, nomeadamente a atividade antioxidante, com vantagens na saúde dos consumidores (Silva et al., 2022). Objetivo: Avaliar a capacidade antioxidante de cervejas artesanais e industriais portuguesas e das matérias-primas (malte e lúpulo). Material e Métodos: Estudo experimental, com avaliação in vitro da atividade antioxidante de extratos aquosos e etanólicos (95% V/V), de três amostras de malte (Chocolate, Munich type I, Vienna) e lúpulo (Citra, Mosaic, Saaz). Foram ainda avaliadas duas cervejas artesanais (estilo Imperial Stout - IS-N e Brown Porter - BP-N) e uma cerveja industrial (estilo Sweet Stout - SB-S), com etanol na proporção da cerveja original (IS-N, 8,5%; BP-N, 4,8%; SB-S, 5%). A atividade antioxidante avaliou-se pelo ensaio da capacidade captora do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH), ensaio de neutralização do ácido 2,2´-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico (ABTS), e ensaio da ferrozina. Resultados: Nas amostras de malte, o IC50 variou entre 114,6±2,2 µg/mL e 969,5±5,4 µg/mL (baixa atividade antioxidante - IC50 > 100 μg/mL) (Kuete, & Efferth, 2010). Os extratos etanólicos apresentaram, no geral, melhores valores, com o extrato etanólico de malte Chocolate Rye a apresentar valores mais baixos de IC50 para o ensaio de ABTS e DPPH (370,5±2,4 µg/mL e 114,6±2,2 µg/mL, respetivamente). Para o lúpulo, o IC50 mais baixo foi de 7,4±0,2 µg/mL no ensaio do DPPH (extrato etanólico, Citra) (elevada atividade antioxidante, IC50 < 50 μg/mL). Nos extratos aquosos de lúpulo (ensaio do DPPH) duas variedades obtiveram IC50 abaixo de 50 µg/mL (Saaz, 24,3±1,5 µg/mL; Citra, 31,5±1,0 µg/mL). Nas cervejas, obtiveram-se valores de IC50 apenas nos ensaios do DPPH e ABTS, variando entre 230,8±4,8 µg/mL (IS-N, água, ensaio DPPH) e 963,8±8,1 µg/mL (BP-N, água, ensaio ABTS) (baixa atividade antioxidante). No geral, a cerveja artesanal IS-N (solvente etanólico) apresentou melhores resultados. Conclusões: As diferenças observadas nas amostras podem justificar-se pelos diferentes métodos de cultivo, períodos de colheita, e características da técnica extrativa (nos extratos de malte e lúpulo), os quais poderão afetar o perfil fitoquímico e, consequentemente, a atividade antioxidante.

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Publicado

2025-08-21

Como Citar

Avaliação da atividade antioxidante de maltes, lúpulos e cervejas portuguesas. (2025). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 7(SupII), 61-62. https://doi.org/10.51126/acqjqh83

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