A análise do cuidado à saúde da mulher negra com base em Achille Mbembe
DOI:
https://doi.org/10.51126/ef46xm95Palavras-chave:
Necropolíticas, Violência, Corpos-Fronteira, Mulheres negras, Cuidado à saúdeResumo
Introdução: A realidade vivenciada na atualidade das cidades Brasileiras, tem sido marcada pela constante violência e brutalidade. Na cidade do Rio de Janeiro, a violência se evidencia de forma velada como fronteiras, mostrando quem pode, e quem não pode circular. Para Mbembe (2023) essas fronteiras funcionam também como uma tecnologia política, fazendo suas fronteiras de formas rígidas, visíveis e invisíveis, onde o próprio corpo se torna uma fronteira. O corpo-Fronteira, conceito de Mbembe (2023), pode simbolizar o corpo da mulher negra, que vive e vê na pele a marca do “não pertencimento” a certas zonas. Essas políticas de morte não apenas excluem ou controlam. ela constrói a imagem de uma ameaça, onde esse corpo se torna o “inimigo interno” que precisa ser vigiado, contido e eliminado. Objetivos: A partir dos conceitos “corpo-fronteira” e “fronteira”, analisar de que forma esses conceitos atuam nas vivências de mulheres negras. Metodologia: O método utilizado foi o da pesquisa qualitativa, que segundo MINAYO (2001) “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes”. Resultados: A análise evidenciou que as necropolíticas empregadas ao corpo da mulher negra funcionam de forma velada, oprimindo a liberdade daquelas que transitam entre os diversos espaços. Conclusões: Conclui-se que apesar dos esforços de coletivos composto por mulheres negras, romperem com a presente realidade trágica de violência em que vivem, as tecnologias políticas inundadas por práticas coloniais continuam se atualizando através de micropolíticas que tem por finalidade ditar quem pode viver e quem deve morrer.
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