Autoconfiança dos enfermeiros para o cuidado à pessoa com retenção urinária
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.622Palavras-chave:
Enfermagem, retenção urinária, cateterismo urinárioResumo
Introdução: De todas as infeções associadas aos cuidados de saúde, as infeções urinárias são das mais frequentes, principalmente pelo uso indevido do cateter urinário. Uma das indicações para o uso de cateter urinário é a retenção urinária. Os enfermeiros devem ter competências na avaliação da retenção urinária, para melhor suportar o processo de tomada de decisão neste âmbito. Objetivos: Avaliar a autoconfiança dos enfermeiros para o cuidado à pessoa com retenção urinária. Material e Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Aplicou-se a Escala de Autoconfiança na Assistência de Enfermagem na Retenção Urinária (EAAERU) aos enfermeiros de um serviço de especialidades médicas de um hospital de oncologia em Portugal. A EAAERU é uma escala tipo Likert, com 32 itens avaliados de 1 (nada confiante) a 5 (completamente confiante), avaliando 5 dimensões: 1) Intervenções realizadas durante o cateterismo urinário; 2) Intervenções prévias à realização do cateterismo urinário; 3) Intervenções realizadas após o cateterismo urinário; 4) Comunicação, consentimento e preparo dos materiais para realização do cateterismo urinário; e 5) Avaliação objetiva da retenção urinária. A análise dos dados foi realizada com estatística descritiva. Todos os preceitos éticos foram garantidos. Este estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (IU/BD/151099/2021). Resultados: Participaram 29 enfermeiros, com 26–64 anos de idade (M=39,2; DP=10,8), com 3–40 anos de experiência profissional (M=16,0; DP=10,6). Dois enfermeiros têm o título de enfermeiro especialista atribuído pela Ordem dos Enfermeiros. As dimensões em que os enfermeiros têm mais autoconfiança são as intervenções prévias à realização do cateterismo urinário (M=4,4; DP=0,5) e a comunicação, consentimento e preparação dos materiais para realização do cateterismo urinário (M=4,3; DP=0,5). As dimensões em que os enfermeiros têm menos autoconfiança são a avaliação objetiva da retenção urinária (M=3,5; DP=0,5) e as intervenções realizadas durante o cateterismo urinário (M=3,8; DP=0,6). Conclusões: A autoconfiança percecionada pelos enfermeiros, sobre a avaliação da retenção urinária e sobre as intervenções realizadas durante o cateterismo urinário, suporta a necessidade de uma intervenção formativa, com vista a práticas mais seguras para as pessoas com necessidade de cateter.
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