Qualidade de vida do doente em Terapêutica de Substituição da Função Renal
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.673Palavras-chave:
Qualidade de vida, doente com insuficiência renal, terapêutica de substituição da função renalResumo
Introdução: A insuficiência renal crónica conduz a limitações para a execução das atividades da vida diária com impacto negativo na qualidade de vida (Oliveira et al., 2016). Estudos sobre a qualidade de vida podem fornecer indicadores para a melhoria dos cuidados de enfermagem a esta população (Oliveira etal., 2019). Questão orientadora “Qual o impacto da diálise na qualidade de vida do doente renal, de acordo com a técnica dialítica usada, numa unidade hospitalar de um centro hospitalar do norte de Portugal, entre janeiro 2019 e março de 2020”. Objetivo: Conhecer o impacto da diálise na qualidade de vida do doente renal. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. População alvo todos os doentes inscritos na consulta de Nefrologia, hemodialise e dialise peritoneal, de um hospital do norte de Portugal entre janeiro 2019 a março 2020. Amostra de conveniência, 30 participantes. Instrumento de recolha de dados: caraterização sociodemográfica, sociofamiliar e clínica e (MOS) SF-36. Tratamento de dados IBM® SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 25.0, estatística descritiva e inferencial. Resultados: Amostra (n=30), regista-se o mesmo número para ambos os sexos, maioria no grupo etário >50 anos (36,7%), casados (62,1%), ensino secundário (40%), empregados a tempo inteiro (43,3%). Coabitam com o cônjuge (60%) com apoio familiar (70%). Em tratamento de hemodialise 16 e 14 em dialise peritoneal contínua em ambulatório. Tempo de hemodiálise mínimo 8 meses e máximo 12 anos, (M= 4,52; ±3,14). Sessões de hemodiálise, mínimo e máximo 3 vezes por semana, duração mínima 2 horas por sessão e máximo 4 horas, (M= 3; ±71). Dialise peritoneal continua em ambulatório mínimo 3 tratamentos por dia e máximo 4 (M= 3,29; ±46). Na qualidade de vida revelaram uma perceção positiva no funcionamento social (M=54,77±8,92), saúde mental (M=53,15±9,71), saúde geral (M=52,99; ±7,06) e vitalidade (M=52,98; ±9,38), perceção mais baixa no funcionamento físico (M=32,98; ±11,25). Referente à técnica dialítica e qualidade de vida constatou-se diferenças estatisticamente significativas nos domínios desempenho físico (MW: p>0,034) e desempenho emocional (MW: p≥0,029). Foram os doentes em dialise peritoneal que pontuaram mais. Conclusões: A perceção da qualidade de vida foi mais positiva no funcionamento social, saúde mental, estado geral de saúde e vitalidade, com uma perceção mais baixa na capacidade funcional. No que se refere aos domínios físico e emocional foram os doentes que estavam em tratamento de dialise peritoneal que percecionaram melhor a qualidade de vida. Na globalidade, foram estes doentes que percecionaram melhor a sua qualidade de vida.
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