Conhecimento dos profissionais de saúde de Angola sobre lesões por pressão
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.678Palavras-chave:
Lesões por pressão, terminologia, conhecimento, profissionais de saúde, ÁfricaResumo
Introdução: O conhecimento dos profissionais de saúde deve acompanhar a evidência, especificamente sobre lesões por pressão (LPP) (Moraes et al., 2016), incorporando a terminologia e os conceitos das guidelines de organizações internacionais reconhecidas como a NPUAP, EPUAP e PPIA que (EPUAP, NPIAP, PPIA, 2019). Objetivos: Determinar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre terminologia, fatores de risco e classificação de LPP e escala de Braden. Material e Métodos: Estudo descritivo, exploratório e quantitativo. A população é constituída pelos profissionais de saúde angolanos que aceitaram participar, convite realizado nas redes sociais. A colheita de dados foi realizada em setembro de 2023 através de questionário disponibilizado no Google Forms. Garantiram-se os princípios éticos da confidencialidade da informação. Resultados: Participaram no estudo 106 profissionais de saúde, 82.1% enfermeiros, 13.2% médicos; 50% do género masculino, idade média de 31 anos e média de 7.3 anos de atividade profissional. 54.7% dos participantes identifica a terminologia escara como um conceito atual e 89.4% reconhece os conceitos de escara, lesão por pressão e úlcera por pressão como sinónimos. 59.4% identifica as LPP através de avaliação da alteração da temperatura e coloração da pele e 35.8% quando há lesão. Relativamente à principal causa, 85.7% reconhece a pressão e 97.2% a imobilidade, internamento em UCI e obesidade como fatores de risco. 59.2% nega a existência de LPP nas mucosas e 59.4% negam que os dispositivos médicos possam ser causa de LPP. Quanto à classificação: mais de 80% identificam corretamente as características de LPP categoria 1 e 2, 48.1% sabem que há categorias sem numeração. Sobre a escala de Braden 63.5% conhece alguma coisa sobre a escala e 48.6% nunca a utilizou na prática de cuidados. Conclusões: Os participantes demonstraram algum desconhecimento relativamente à terminologia e classificação atuais bem como na identificação precoce de lesões. Já relativamente à escala de Braden, a maioria conhece a escala, mas nunca a usou na prática clínica. Face isto, é determinante que se elabore uma clarificação de termos a usar na prática clínica em Angola como primeiro passo na disseminação do conhecimento sobre este tema.
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