Efeito da osteopatia nas patologias respiratórias: revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.779Palavras-chave:
Patologias respiratórias, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, pneumonia, osteopatia, tratamento manipulativo osteopáticoResumo
Introdução: As principais causas respiratórias de doença severa e morte a nível mundial são o cancro no pulmão, na traqueia e nos brônquios, a tuberculose, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a asma e a pneumonia, as quais são maioritariamente tratadas com a intervenção farmacológica. O tratamento manipulativo osteopático (TMO) tem vindo a ser relacionado com a melhoria da biomecânica da caixa torácica (Lago et al., 2015). Objetivo: Sistematizar a evidência disponível para determinar, mediante uma análise qualitativa da metodologia, os efeitos da intervenção osteopática na sintomatologia e qualidade de vida de indivíduos com patologias respiratórias, incluindo asma, DPOC, pneumonia, cancro da traqueia, pulmão e brônquios, além da tuberculose. Métodos: Procedeu-se a uma pesquisa sistemática na base de dados Pubmed a 30 de abril de 2022 e, com base nos critérios de inclusão e elegibilidade, selecionaram-se estudos experimentais randomizados e controlados. A análise dos artigos, recolha de dados e avaliação da qualidade metodológica, com recurso à Cochrane Risk of Bias Tool, foram realizadas por dois revisores independentes, intervindo um terceiro em caso de discordância (Donato & Donato, 2019). Resultados: Identificaram-se vinte e quatro ensaios clínicos randomizados (RCT), dos quais oito foram incluídos. Em relação à asma (Jones et al., 2021), verificaram-se melhorias estatisticamente significativas apenas num dos três artigos apurados. Nos três artigos relativos à DPOC, os investigadores verificaram melhorias significativas, porém, apenas em alguns dos parâmetros avaliados. Nos dois artigos referentes à pneumonia não se verificaram melhorias estatisticamente significativas. Os artigos apresentavam uma qualidade metodológica com alguns riscos de viés altos ou incertos. Conclusão: Pelas evidências estatisticamente significativas, parece indicar eficácia no uso de TMO na melhoria da sintomatologia e qualidade de vida de indivíduos com asma, DPOC e pneumonia. A qualidade metodológica dos estudos é limitada, pelo que não se pode assumir que a utilização da intervenção com recurso à TMO é eficaz na melhoria destas condições.
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