Desafios Éticos e Assistenciais no Cuidado ao Idoso: uma Abordagem baseada na Teoria Crítica do Cuidado de Falk-Rafael
DOI:
https://doi.org/10.51126/c01mwr44Palavras-chave:
Autonomia, Enfermagem, Ética, Vulnerabilidade, CuidadosResumo
Introdução: O presente ensaio científico analisou o caso clínico da Sra. L.G. de 90 anos à luz da Teoria Crítica do Cuidado de Adeline Falk-Rafael. Esta teoria prioriza a autonomia, a justiça social, a equidade nos cuidados e salienta que estes devem ir além de procedimentos técnicos, respeitando a dignidade da pessoa e os princípios ético- deontológicos da enfermagem. O problema central deste ensaio reside na relação entre autonomia, continuidade dos cuidados e os desafios enfrentados pelos enfermeiros na mediação entre a família e serviços de saúde. Objetivo: Analisar a relação entre a teoria referida e a prática de cuidados, no contexto do caso clínico apresentado. Método: Análise teórico-reflexiva do caso clínico, considerando os determinantes sociais da saúde, as implicações éticas e a atuação do enfermeiro de acordo com o código deontológico e as suas competências enquanto Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica na área da Pessoa em Situação Crónica. Pretendeu-se compreender como pode a enfermagem garantir um cuidado mais justo, humano e centrado na pessoa, articulando a teoria com a prática. Resultados: Durante a hospitalização, a Sra. L.G. confrontou-se com a sua situação de vulnerabilidade, perda de independência, incapacidade dos filhos para manter os cuidados no seu domicílio, como era seu desejo, e ainda com a alegada violência financeira, em que a filha usufruiria dos seus bens e do seu dinheiro, manifestando sentimentos de profunda tristeza e revolta. Apesar do seu desejo em permanecer próxima da família, no seu domicílio, a dependência funcional e pressões familiares afetaram a sua tomada de decisão acabando por aceitar a institucionalização. Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de abordagens multidisciplinares e políticas de promoção da autonomia do cliente, no apoio aos cuidadores e na articulação com a rede de suporte social, cruzando-se diretamente com as competências do enfermeiro especialista que pode também intervir como mediador entre cliente e rede de apoio promovendo a autonomia do cliente e prevenindo situações de violência.
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