Avaliação da adesão à terapêutica em doentes com Diabetes Tipo 2 e hipertensão arterial: Adesão à medicação nas doenças crónicas
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v6i1.594Palavras-chave:
Hipertensão Arterial, doença crónica, iniciação, adesão à terapêutica, persistência, Diabetes Mellitus tipo 2Resumo
Objetivos: Avaliação da adesão à terapêutica em doentes recém-diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 2 e Hipertensão Arterial, nos Cuidados de Saúde Primários na Região Lisboa Vale Tejo.
Metodologia: Estudo observacional de coorte retrospetivo. População composta pelos doentes recém-diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 2 e Hipertensão Arterial, em início de tratamento. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde de Lisboa Vale Tejo. A adesão à terapêutica foi avaliada nas suas três componentes: se os doentes iniciaram a terapêutica prescrita (iniciação); através do Medication Possession Ratio (MPR) durante o período de seguimento (implementação) e a descontinuação da medicação, que marca o fim do tratamento (descontinuação).
Resultados: A taxa de iniciação foi de 84.2% nos doentes com ambas as doenças (98% para a terapêutica antidiabética oral e 84.6% para a terapêutica anti-hipertensiva). A taxa de implementação (MPR) para ambas as doenças foi de, apenas 3.4% (4.2% foram considerados aderentes com a terapêutica antidiabética oral e 8.5% para a terapêutica anti-hipertensiva). A taxa de descontinuação foi de 3.4% (5.5% para a terapêutica antidiabética oral e 13.2% para terapêutica anti-hipertensiva).
A maioria dos doentes iniciam a toma da medicação após a prescrição, mas poucos têm uma implementação suficiente para que a adesão seja considerada boa. Poucos doentes descontinuaram a medicação.
Conclusão: Os doentes tiveram uma maior taxa de implementação à terapêutica anti-hipertensiva, mas, por outro lado, foram mais persistentes à terapêutica antidiabética oral. O padrão da adesão à terapêutica parece ser influenciado pelo doente e pela própria doença.
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