Associação entre a prática de Pilates, o índice de massa corporal e a literacia sobre a incontinência urinária em mulheres
DOI:
https://doi.org/10.51126/wdfzbh48Palavras-chave:
Incontinência urinária, Literacia em saúde, Pilates, Pavimento pélvico, FisioterapiaResumo
Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma condição comum nas mulheres, associada à fraqueza dos músculos do pavimento pélvico e com impacto negativo na qualidade de vida. A prática regular de Pilates é uma estratégia não invasiva complementar à fisioterapia, com potencial para melhorar o controlo de peso, reduzir os sintomas de IU e promover a literacia em saúde. Contudo, são ainda escassos os estudos que exploram esta última dimensão. Objetivos: Avaliar se a prática de Pilates em mulheres adultas se associa a diferenças significativas no índice de massa corporal (IMC), na literacia sobre IU e na presença de sintomas de perda urinária. Métodos: Estudo observacional transversal com 62 mulheres residentes no norte de Portugal, divididas em praticantes de Pilates (n=32) e não praticantes (n=30). A idade média foi de 42,5 ± 7,8 anos no grupo de Pilates e 44,1 ± 8,2 anos no grupo controlo. As praticantes realizavam Pilates em grupo, duas vezes por semana, há pelo menos seis meses. Os dados recolhidos incluíram variáveis sociodemográficas, clínicas e o Ǫuiz de Incontinência (ǪI), A normalidade dos grupos foi verificada com testes de Kolmogorov-Smirnov e a análise estatística foi realizada no SPSS v25, com significância definida para p<0,05. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto ao peso, IMC e IMC codificado (p<0,05), com valores mais baixos no grupo praticante de Pilates. Não se verificaram diferenças significativas no score total do ǪI (p=0,117), sugerindo ausência de impacto na literacia sobre IU. A prevalência de IU foi inferior nas praticantes, embora sem significância estatística (p=0,055). As situações de perda de urina diferiram significativamente entre os grupos (p=0,000), sendo mais comuns durante esforços intensos nas não praticantes. Conclusão: A prática regular de Pilates associa-se a menor IMC e menor prevalência de sintomas de IU, mas não a uma melhoria significativa da literacia sobre esta condição. A interpretação destes dados deve ter em conta possíveis fatores de confusão não controlados, como menopausa ou paridade. Estudos longitudinais e com maior detalhe sobre o impacto cognitivo e informativo do Pilates são necessários para clarificar o seu papel na literacia em saúde.
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