Atitudes e Competências em Sustentabilidade na Fisioterapia
DOI:
https://doi.org/10.51126/m8gab396Palavras-chave:
Sustentabilidade, Educação em saúde, Fisioterapia ambiental, Saúde planetária, Formação em FisioterapiaResumo
Introdução: A integração da sustentabilidade no ensino da fisioterapia constitui uma resposta urgente aos desafios da saúde planetária e da responsabilidade social dos profissionais de saúde. Contudo, permanece limitada a investigação sobre o nível de preparação dos estudantes nesta área. Este estudo teve como objetivo explorar atitudes, competências percebidas, comportamentos e barreiras relativamente à sustentabilidade entre estudantes de fisioterapia de uma instituição de ensino superior em Portugal. Metodologia: Foi aplicado um questionário online, intitulado Atitudes e competências em sustentabilidade em Fisioterapia a 113 estudantes (idade média = 22 anos; 60,2% do género feminino), de todos os anos curriculares, de uma escola de ensino superior na Licenciatura em Fisioterapia. O mesmo foi previamente aprovado pela comissão de ética da mesma instituição com o parecer 2025/05-06. Resultados: Apenas 13,3% referiram ter recebido formação prévia em sustentabilidade ou saúde ambiental. A maioria reconhece a ligação entre alterações ambientais e saúde (81,4%), considera importante a inclusão do tema nos planos curriculares (67,3%) e adota comportamentos sustentáveis, como a redução de materiais descartáveis (61,9%). No entanto, foram identificadas barreiras como a falta de formação (49,6%) e o apoio institucional limitado (44,2%). Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre géneros nas secções “Atitudes e Crenças” (χ²(4)=13,4, p=0,010) e “Barreiras Percebidas” (χ²(4)=13,1, p=0,011), indicando perceções diferenciadas nestas dimensões. A comparação entre estudantes com e sem formação prévia não revelou diferenças significativas em termos de conhecimento percebido (t(111) = -0,577; p=0,565), sugerindo uma fragilidade na profundidade ou eficácia da formação existente. Discussão: Os resultados revelam uma atitude globalmente favorável à integração da sustentabilidade na fisioterapia, mas também uma lacuna formativa e institucional que dificulta a sua concretização prática. Conclusão: Este estudo reforça a necessidade de estratégias educativas mais consistentes e interdisciplinares, capazes de capacitar futuros fisioterapeutas para uma prática crítica, ambientalmente responsável e orientada para a saúde planetária.
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