Inquérito por questionário à população francesa sobre os conhecimentos e o papel dos fisioterapeutas na gestão do linfedema
DOI:
https://doi.org/10.51126/c6016v19Palavras-chave:
Prevenção, Educação na saúde, Gestão de informaçãoResumo
Introdução: O linfedema (LE) é uma doença crónica que afeta milhares de pessoas em França, podendo surgir após cirurgias, infeções ou cancro, causando inchaço significativo dos membros1. A sua prevenção e gestão requerem uma abordagem multidisciplinar. No entanto, o desconhecimento sobre o LE contribui para a subutilização dos serviços adequados e para a adoção insuficiente de medidas preventivas e terapêuticas2. Objetivo: Avaliar o conhecimento da população francesa sobre o LE e o papel específico dos fisioterapeutas na sua gestão. Metodologia: Foi elaborado um questionário com base na literatura e na consulta a especialistas em fisioterapia e linfedema. Após um pré- teste para aferir clareza e relevância, o questionário foi ajustado e dividido em secções: dados sociodemográficos, conhecimento sobre o LE (causas, sintomas, riscos), fontes de informação e gestão fisioterapêutica. A versão final foi divulgada em redes sociais, fóruns de saúde, grupos de discussão e instituições de ensino. Participaram indivíduos com mais de 18 anos e residentes em França. Algumas respostas foram analisadas conforme os critérios definidos no pré-teste e a validação dos especialistas. Resultados: Responderam 338 participantes (235 mulheres e 103 homens). A maioria (55,71%) afirma conhecer o LE, mas com conhecimento frequentemente incompleto. Os profissionais de saúde são a principal fonte de informação (47,8%), seguidos pela internet e os meios de comunicação. Embora 63,04% reconheçam que o LE pode ser fatal, muitos subestimam sua prevalência e desconhecem os tratamentos. Apenas 28,44% conhecem alguma opção terapêutica, e 69,2% manifestam interesse em saber mais, especialmente sobre sintomas e prevenção. Quanto ao tratamento, 65% identificam corretamente os fisioterapeutas como os profissionais indicados para o acompanhamento de longo prazo. Conclusão: A população francesa demonstra algum grau de sensibilização sobre o LE, mas ainda há importantes lacunas no conhecimento sobre a condição e seus tratamentos. A confusão quanto aos profissionais responsáveis e a prevalência de fontes não especializadas apontam para a necessidade de campanhas educativas. Valorizar o papel dos fisioterapeutas é essencial para melhorar a abordagem ao LE e a qualidade de vida dos pacientes3.
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