Saúde Mental Positiva e Felicidade no Trabalho: Um Estudo Transversal
DOI:
https://doi.org/10.51126/espwte54Palavras-chave:
felicidade; saúde mental; saúde ocupacional; promoção da saúdeResumo
Introdução: Os padrões laborais têm sofrido rápidas transformações, impulsionados por alterações nos contextos profissionais, como a globalização crescente dos mercados, o avanço tecnológico e a adoção de novas práticas organizacionais. Neste cenário, a promoção da saúde mental positiva e da felicidade no trabalho tem vindo a assumir um papel cada vez mais relevante nas prioridades das organizações no sentido de um ambiente de trabalho mais positivo e motivador que contribua para um melhor desempenho dos colaboradores e potencia o êxito das organizações (Wesarat et al., 2015; Sousa & Carvalho, 2023; Misra & Srivastava, 2023). Objetivo: Explorar a relação entre estas duas dimensões numa amostra de trabalhadores. Metodologia: Estudo transversal, conduzido online de maio a julho de 2020, através de um questionário eletrónico, com amostragem não probabilística por bola de neve, junto de 1768 pessoas com vínculo laboral em diferentes entidades públicas e privadas. As variáveis analisadas incluíram características sociodemográficas e profissionais, níveis de felicidade no trabalho e saúde mental positiva. Resultados: A maioria da amostra (70%) tinha ensino superior e mais de 10 anos na organização. Cerca de 46,6% não pretendem sair da empresa. A produtividade foi percecionada como boa (47,45%) ou muito boa (36,48%). Os resultados mostraram que os participantes apresentavam níveis satisfatórios de saúde mental positiva e de felicidade no trabalho. Verificou-se uma associação positiva entre a saúde mental positiva e os domínios funcionais da felicidade organizacional e com a produtividade percebida (p < 0,001). Através de um modelo de regressão linear múltipla, foram identificados quatro preditores significativos da felicidade global no trabalho: idade, perceção de produtividade, tempo de serviço e fatores de saúde mental positiva (como satisfação pessoal, autonomia, resolução de problemas e auto-atualização) (R² = 0,249). Conclusões: Com base nestes resultados, recomenda-se que as organizações procurem aumentar o bem-estar e a produtividade dos seus colaboradores, invistam na promoção da saúde mental no local de trabalho. Adicionalmente, deve considerar-se a implementação de intervenções baseadas em técnicas positivas de adaptação no local de trabalho, nomeadamente através de ações de formação orientadas para o reforço do capital próprio intra-empresarial.
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