O Efeito do Exercício Terapêutico em grupo na Ǫualidade de Vida de Mulheres com Incontinência Urinaria de Esforço
DOI:
https://doi.org/10.51126/mxa5dy28Keywords:
Incontinência urinária de esforço, Exercício terapêutico, Pavimento pélvico, Qualidade de vida, Fisioterapia em grupoAbstract
Introdução: A incontinência urinária de esforço (IUE) afeta significativamente a qualidade de vida (ǪdV) de milhões de mulheres em todo o mundo, sendo associada a estigma, isolamento social e impacto funcional. O exercício terapêutico (ET) dos músculos do pavimento pélvico (MPP) constitui uma abordagem não invasiva recomendada como primeira linha de intervenção. Contudo, a evidência sobre os efeitos do ET em grupo na ǪdV ainda é limitada. Este estudo teve como objetivo analisar o efeito de um programa de ET em grupo na ǪdV de mulheres com diagnóstico de IUE. Metodologia: Trata-se de um estudo quasi-experimental no qual participaram 60 mulheres com diagnóstico de IUE, distribuídas em grupo experimental (n=30) e grupo controlo (n=30). O grupo experimental integrou um programa de ET durante 10 semanas, com frequência bissemanal. A ǪdV foi avaliada antes e após a intervenção através da Escala Ditrovie-10, que analisa as dimensões de atividades, autoimagem, impacto emocional, sono, bem-estar e perceção global de ǪdV. Resultados: Os resultados mostraram uma melhoria estatisticamente significativa no grupo experimental em todas as dimensões da escala (p<0,001). A pontuação média global diminuiu de 2,3±1,1 para 1,7±0,7 (Δ = -0,6 pontos), com um tamanho do efeito elevado (d de Cohen = 0,9). Em contraste, o grupo controlo manteve valores estáveis ou agravados, como na dimensão de ǪdV global, que aumentou de 2,4±1,0 para 2,7±0,9. Conclusão: Conclui-se que o ET em grupo é uma estratégia eficaz e viável para melhorar a ǪdV de mulheres com IUE, com benefícios não apenas físicos, mas também psicossociais. Além de promover a função dos MPP, a dinâmica de grupo pode ter contribuído para maior motivação, adesão e suporte entre as participantes. Estes dados reforçam a importância da implementação de programas de reabilitação baseados em exercício em contextos comunitários, acessíveis e supervisionados por fisioterapeutas. Futuros estudos devem incluir amostras maiores, avaliação objetiva da força muscular (ex.: perineometria) e follow-up a longo prazo para analisar a manutenção dos ganhos. Este estudo reforça o papel central do ET na gestão da IUE e a necessidade de abordagens que integrem dimensão técnica, educativa e relacional.
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